Rivotril para Dormir e Instagram para Fingir: Quem Realmente Controla Sua Mente Dopada?
Lendo livros da Doutora Anna Lembke, psiquiatra renomada e colunista do The New York Times, fiquei fascinado pela maneira como ela destrincha a mente humana e observa a vida moderna.
Esse fascínio me levou a buscar entrevistas e outros trabalhos e textos dela.
No Times, Lembke aborda temas sensíveis com coragem e na certeza de que receberá duras críticas.
Ela critica aspectos do comportamento contemporâneo com os quais concordo profundamente.
Um exemplo brilhante é seu comentário sobre o uso de medicamentos para emagrecimento, impulsionado por celebridades e redes sociais:
“É triste recorrer a [caríssimas] substâncias que nos ajudem a não comer demais? Bem, estamos nesse ponto da história. O Ozempic evidencia como é difícil ser um humano na modernidade.”
Depois de tantos acontecimentos recentes, comecei a me questionar: por que procuro tanto ser feliz, ou parecer feliz? Seria uma máscara social? Sou feliz mas não sei nem reconhecer a felicidade? Senti que entrei, sem perceber, no mecanismo coletivo e infinito da busca pela felicidade — uma busca sem fim e sem fórmula mágica.
Me Vejo como mais um na multidão que recorre a antidepressivos, apenas para conter a ansiedade e manter a funcionalidade mínima.
Hoje, todos temos um Rivotril, ou um Prozac, literal ou simbolicamente.
É sintomático: todos conhecemos alguém que depende de medicamentos psiquiátricos só para dar conta do dia a dia.
Lembro de uma história contada por um médico, a título de reflexão:
“Por que todo médico prescreve vitamina D logo após o exame, mesmo morando num país tropical? Há trinta anos, isso não era investigado nem prescrito. Será que elevamos os níveis desejáveis da vitamina para justificar suplementos, ou há outro interesse?”
Ele concluiu:
“Vale a reflexão.”
De fato, será que todos realmente precisam de suplementação num país ensolarado?
Enquanto isso, bilhões buscam a perfeição ditada pelo momento — padrões que mudam a cada atualização das redes sociais.
Trago este assunto para você, leitor, refletir: até que ponto vamos permitir que redes sociais como o Instagram (Meta) possam ditar o que é a beleza? Apesar de reprovar fortemente que as redes sigam tendo este controle, eu creio que nenhuma rede social, NUNCA deveria ter tido! O estrago está feito. Quando vamos trabalhar todos juntos para “reaver a nossa beleza”?
E a outra parcela dessa ansiedade coletiva? O restante fica por conta da competição desenfreada e do desejo de uma vida mais rica – também espalhada em figuras do Instagram. Imagino que conheçam o símbolo IA 🤖. Eu proponho que esses perfis sejam adesivados como perfis editados por IA. Afinal é verdade. E nestes casos, é a “IA” tanto na vida quanto na própria foto. Do contrário, não há competição. Há um esmagamento por parte de ídolos de tantas pessoas que já estão tão alienadas, que provavelmente irão defendê-los à todo custo. A promessa de uma “competição saudável” está longe de ser realidade; e o resultado dessa brincadeira que começou com orelhas de cachorrinho, está evidente nos jornais todos os dias. As pessoas estão cada vez menos saudáveis e mais preocupados com a aparência de seus corpos e rostos — não se importando em destruir o resto de saúde física e emocional que ainda restava. Infelizmente. Espero que essas pessoas aceitem ajuda.
A pandemia de COVID-19 nos obrigou a discutir saúde mental, mas, na prática, poucos se dispuseram a reavaliar profundamente suas vidas. E está tudo bem — cada um tem o seu tempo. Deixo um conselho: tente. Busque ajuda profissional. Tudo que foi conversado gira basicamente ao redor de um mesmo assunto, e tem tratamento. Converse com um médico ou psicólogo.
E você, já parou para refletir se a sua felicidade é realmente SUA ou se é parte de algum mecanismo ou máscara social?
Sejamos Mais Felizes,
Espalhemos o Amor!
O Amor ao Próximo Tem Poderes Gigantes, Consegue Curar Doenças; Já Foram Inclusive Relatados Casos de Doenças Terminais que Regrediram – Tudo Atribuído ao Amor. Espalhar Amor Faz Bem! Faz bem, Sempre Fez e Sempre Fará Bem!
Entre o Rivotril para dormir e o Instagram para fingir, talvez a maior revolução seja simplesmente aprender a viver a vida real! Viver de verdade, sem tanto anestésico e sem tanta máscara.
Fiquem Todos Bem, Até a Próxima!
Se você ou alguém que conhece enfrenta dificuldades, procure o Centro de Valorização da Vida (CVV), ligando 188 (gratuito) ou acessando cvv.org.br.
Você não está sozinho, nem deve passar por isso sozinho. Ligue 188.
Setembro Amarelo — mês da promoção da saúde mental, conscientização e prevenção do suicídio.
Em Opinião, por Gabriel Soares em 05 de Setembro de 2025 às 07:40.
Última Atualização em 05 de Setembro às 08:10.